terça-feira, 1 de setembro de 2009

CASOS DE ENSINO PARA DIDÁTICA GERAL - CURSO DE MATEMÁTICA

Autoria de: Ivanderson Pereira da Silva

Caso 1

Yusbertilde era uma criança aparentemente normal de 16 anos, tinha um namorado chamado Arirmadinaldo que estudava junto dela, na mesma série e na mesma escola. Yusbertilde tinha repetido do 1° ano do ensino médio em matemática. O Colégio em que ela estudava era um dos mais caros da cidade e seus pais já estavam preocupados pois aproximava-se o final do ano letivo e a menina continuava com a mesma dificuldade que manifestou no ano anterior. Ela sempre tinha sido uma aluna muito aplicada até a sétima série e segundo os seus pais após conhecer Arirmadinaldo ela tinha “virado a cabeça” e agora não queria mais saber de estudar. Clima na casa de Yusbertilde era pesado e o seu namorado estava proibido de frequentar a casa. Os pais da garota não aprovavam o namoro pois acreditavam que ele não seria uma “boa influência” para a sua filha. Além do mais, Arirmadinaldo tinha uma tatuagem no braço e usava dois brincos em uma das orelhas. Era um desgosto só para os pais de Yusbertilde ver sua filha namorando um maloqueiro daqueles e um desperdício o dinheiro que estavam investindo na garota.



Caso 2

Na Escola São Estorquino Verbas dos Pobres, os professores eram incentivados a preparar seus alunos para o vestibular, tendo em vista que o sucesso de uma empresa educacional que trabalha com educação básica é evidenciado de acordo com o número dos alunos que são aprovados em cursos superiores preferencialmente e Universidades Públicas. A coordenadora exigia o planejamento das aulas previamente, pois cabia a ela fiscalizar e monitorar se os professores estavam seguindo as diretrizes da escola. Desta forma, o professor Pitágoras que lecionava a disciplina de Matemática se viu na obrigação de preparar seus alunos para o vestibular. Para isto, o professor preparou um calhamaço de questões de todos os assuntos, gastou suas férias fazendo pesquisas, digitando o material, fazendo diagramas, gráficos e resolvendo as questões para facilitar o trabalho de seus alunos. Finalizou o material e entregou na coordenação para que eles distribuíssem para os alunos. O professor se considerava um ótimo profissional pois tinha concluindo sua graduação em Matemática Licenciatura em uma universidade internacionalmente conhecida, tinha feito a especialização em educação matemática na melhor instituição do país e estava terminando o mestrado em Educação Matemática, desta forma, o professor considerava-se um ótimo professor. Ele adorava os alunos e os alunos também gostavam dele, era legal, divertido e até brincava durante a aula. Mas tinha um determinado grupo de alunos que o professor não conseguia atingir. Te todos os seus 1000 alunos, o professor detestava uns 10 ou 12 alunos, e isto se devia ao fato deles não darem bola para sua aula, eles não o valorizavam e nem valorizavam o material que o professor preparou. Eles achavam que aquilo não servia para nada!



Caso 3

Eu sempre fui uma aluna muito aplicada em matemática. Durante o ensino fundamental, eu adorava matemática. A aula era muito legal. A gente trabalhava com as figuras geométricas e a professora levava a gente para o pátio e faia a gente medir os objetos que lá estava para poder ver que a matemática estava em todo o lugar. Eu não conseguia ver por que é que todo mundo do ensino médio dizia que era uma matéria tão chata. Eu adorava! Foi na aula da professora de matemática, quando eu estava medindo a circunferência do tronco de uma árvore que conheci o “naldo”. Ele me ajudou nas atividades e depois começamos a sair. Ele também adorava a disciplina e nós nos dávamos muito bem em matemática. Mas quando passamos para o ensino médio, trocou de professor, e a coordenadora também era outra. Ela é diabólica e aquele velho miserável do professor de matemática que acha que sabe de tudo, entra na sala fala uma babaquices e se acha o tal. Nós sabemos, e temos consciência de que ele é muito inteligente e que não é atoa que ele está como professor, mas pra quê que a gente precisa saber função logaritmo natural se eu não quero mais fazer matemática? E por que a a escola manada a gente resolver um monte de questões de matemática sem pé nem cabeça se nem eu nem meu namorado queremos fazer vestibular? Eles não perguntaram se nós queremos fazer vestibular, eles simplesmente disseram que deveríamos fazer o vestibular.



Caso 4

Estou preocupado com meu filho Arirmadinaldo ele sempre foi um aluno aplicado na escola. Sempre tirou nota 10 em tudo, no mínimo 8. Mas nunca me deu trabalho. Namora uma menina também como ele, tema mesma idade que ele e também é muito inteligente. Ele é um menino bonito, e “estiloso” como diriam os jovens. Recentemente fez uma tatuagem muito bonita homenageando a namorada. Tatuou o rosto dela no braço esquerdo, pois segundo ele fica mais perto do coração. Meu filho não é aceito pelos pais da namorada e por isto eles estudam aqui em casa, como sou professor de matemática, ajudo a eles nas tarefas, mas o professor deles passou mais de 200 questões para que eles fizessem em um mês. Isto é impossível até mesmo para um aluno da graduação! Eles adoravam matemática mas agora detestam e eu fico muito triste com isto. O golpe de misericórdia veio ao final do ano passado quando tanto ele quando sua namorada reprovaram na matéria em questão. Fiquei revoltado! Fui à escola conversei com o professor e com a coordenadora, mas não teve jeito. A escola manteve a postura este ano e já decidi, vou tirar o meu filho desta escola definitivamente. Já pensei em tudo. Eu o teria tirado logo no meio do ano anterior mas ele não quer se afastar de sua namorada. Eles se adoram. E eu sei bem como isto funciona, pois eu era apaixonado pela mãe dele, minha esposa, que faleceu a alguns anos.

Caso 5

Me chamo Arirmadinaldo. Tenho 16 anos e estou no 1° ano do ensino médio. Sou um garoto feliz, pois sou amado pela minha família, meu pai me adora, eu o admiro muito! Ele é professor de matemática e é apaixonado pela profissão. Eu aprendi a gostar de matemática desde criança quando minha mãe, que hoje já é falecida, brincava com os joguinhos matemáticos comigo. Nós gostávamos muito do tangran, eu adorava montar animais com as figuras do tangran. Até a oitava série eu adorava matemática, pois nós tínhamos uma professora excelente, ela era maravilhosa. Muito carinhosa conosco, tinha muita paciência em responder às nossas dúvidas e nos entendia. Além disto, fazia a matemática ser evidenciada em coisas do nosso dia-a-dia. Eu lembro que em muitas situações eu me pegava dizendo: nisto tem matemática por que minha professora me mostrou. E meu sonho era ser professor de matemática, como meu pai e fazer com meus alunos, o mesmo que minha professora fazia conosco. Mas quando cheguei no 1° ano do ensino médio, eu conheci o professor Pitágoras. O cara é exatamente o oposto dela. Ele consegue fazer uma simples soma parecer uma coisa do outro mundo! Ele explica as coisas de um modo muito estranho, e faz umas brincadeiras que só ele acha graça, é impressionante como ele3 consegue isto. Todos ficam calados na aula dele, menos eu e alguns colegas, nós sempre perguntamos a ele para que aquelas contas que vão de uma ponta a outra do quadro vão nos servir? E ele fica irritado! Diz que para o vestibular, mas se eu não quiser fazer vestibular? Nós detestamos este professor! Nós gostaríamos de ter a nossa professora de volta.

(Obras ficticias)

2 comentários:

  1. 1- Cada pessoa merece uma oportunidade na vida.Os pais de Yusbertilde se precipitaram e talvez o julgamento deles estivesse errado,e Arirmadinaldo podia ser uma pessoa diferente da que eles imaginavam.Não podemos julgar as
    pessoas pelas aparencias ,mas precisamos de tempo para conhecê-las melhor,e podermos formar uma opinião a respeito delas,sobre seu caráter,seu comportamento.

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  2. Bom no 1 caso os pais de Yusbertilde poderia ter antes de tudo ter tomado uma decisão mais drástica em relação ao nomorado da menina, pois se os próprios pais estavam achando que a fase que sua filha estava passando era por conta deste namoro.

    Já no 2 caso apesar do professor ter uma ótima qualificação profissional, ele tinha que seguir determinadas regras que era dá aulas preparatórias para os vestibulares e não poderia fazer muito, pois tinha uma quantidade determinada de assuntos para ministrar durante o ano letivo para seus alunos de acordo com o que era dito a ele pela coordenação.

    No 3 caso há um dilema, pois as escolas de ensino média, voltam seu conteúdo para uma preparação de vestibular e não querem saber quem vai ou não prestar vestibular no fim do ano, mas que de certa forma o conteúdo dado seria o mesmo se o professor não vizasse o vestibular.

    No 4 caso o pai de naldo como professor e conhecedor do sistema que rege o ensino deveria ir sim a escola conversar com os professores e com a direção e ter uma conversa com os pais da nomorada de seu filho, pois como filho gostava tanto da matéria em questão e agora não manifesta nenhum interesse, pois algo de errado está atrapalhando o estudo de seu filho.

    E no 5 caso percebemos que Naldo era um garoto muito aplicado em matemática até sua 9º ano e que agora o método adotado pelo ensino médio está atrapalhando seu desenvolvimento e que ele por desconhercer culpa o professor.


    Se fizermos um resulmo geral de todas os 5 casos vamos concluir que tanto a família de Yusbertil, de Arirmandinaldo e a Escola estão se isimindo da culpa de seus filhos e alunos não estarem indo bem na escola e que só uma conciliação entre as partes poderiam dá um desfeche a essa história.

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